Plebiscito capcioso para a dilaceração do Estado do Pará...!
terça-feira, 26/07/11 - 15h45
A pretensa divisão do Estado do Pará para a criação dos estados do Tapajós e Carajás parece-nos por análise interpretativa que se fundará em perguntas capciosas:
A primeira, você é a favor da criação do estado do Carajás? A segunda, você é a favor da criação do Estado do Tapajós?
Ser ou não ser é a questão. O temeroso povo paraense, desconhecendo as questões e interesses políticos por certo que dirá que sim. São perguntas tendenciosas e insinuantes que levam os eleitores menos avisados à manifestação favorável.
Entendemos que um plebiscito deve ser direto, objetivo e claro, o que não se avalia com perguntas capciosas.
Para que o povo pudesse melhor optar a pergunta deverias ser: Você é a favor da divisão do Estado do Pará em três. Carajás, Tapajós e Pará, sendo que este ficará com a menor área territorial.
Com pergunta desse molde muitos dos eleitores buscariam prós e contras, para após avaliação sufragarem seus votos.
Se discutirmos os dois polos: pós e contras, teremos um posicionamento mais acertado. Por exemplo; os prós mais empregos públicos, mais cargos políticos, mais interesses particulares. Se verificarmos os contras:
1. O Estado do Pará terá seu território consideravelmente reduzido;
2. A economia sofrerá verdadeira destruição, uma vez que os polos minerais restariam para o Carajás e Tapajós;
3. A produção pecuária restaria mais para o estado de Carajás;
4. A produção agrícola, principalmente a soja, restará para o estado do Tapajós;
5. Aí aumentar-se-ia consideravelmente o risco de má aplicação de verbas públicas a exemplo do que vem ocorrendo da Assembleia Legislativa – ALEPA; e em vários Estados da Nação.
6. Personalidade de valores culturais levariam em consideração suas origens e se fixariam no estado que receberá o seu berço;
7. E o que se fará com a saúde, educação e emprego após essa tripartição?
Existe um adagio antigo respeitado como sabedoria que não se mexe em 'time que está ganhando', caso contrário seus brios desaparecem. Esse é o grande risco das capciosas perguntas no sufrágio que ocorrerá no dia 11 de dezembro p.v., que se assemelha a questão alemã nascida na segunda grande guerra mundial que era o vergonhoso muro de Berlim, e que famílias de bens, valores foram bipartidos resultando em um grande caos por muitas décadas, e só recentemente restaurado.
Após a fantasia de que a divisão traria melhor gerenciamento às áreas divididas é meramente enganosa porque nós da capital Belém e adjacências é que conta com a maior massa concentrada de habitantes o que provavelmente perderemos as nossas oportunidades e as oportunidades vindouras que logo, logo se traduzirá em miséria, fome e desemprego.
E, a única vacina ante tal futuro negro é simplesmente um NÃO à DIVISÃO DO GRÃO PARÁ, pois o TSE já estimou em R$ 5 milhões o custo da votação e na correria os paraenses têm até o dia 11 de setembro para regularizar sua situação e votar.
E tenho dito. Não à divisão do Pará!
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